Por algum tempo eu venho falando sobre um novo projeto da Microsoft chamado de WCF Web API, que trata-se de um espécie de estensão do WCF que facilita a construção e o consumo de serviços que são puramente Web (REST), ou seja, estão fortemente amarrados ao protocolo HTTP e o assumem como uma camada de aplicação. Abaixo temos alguns dos artigos que escrevi e que abordam essa tecnologia:
Apesar de possuir uma forma de hospedar esse tipo de serviço através de uma aplicação do tipo Windows (Windows Service, Console, etc.), a sua forma mais natural é utilizar o IIS, ou melhor, utilizar qualquer template de aplicação ASP.NET e lá criar a classe que representará o serviço, e apenas com uma linha de código, é o suficiente para mapear uma URI base para o serviço e tudo magicamente funciona, sem a necessidade de uma configuração extra no arquivo Web.config.
Foi a partir deste momento que nos perguntarmos porque não utilizar o próprio ASP.NET MVC? Com o ASP.NET você tem acesso a todo conjunto de recursos do HTTP, já que projetos Web tem afinidade com este protocolo. Além disso, a necessidade que os scripts tem em invocar um método C#, fez com que a Microsoft criasse um tipo de resultado chamado de JsonResult, qual retorna um valor “facilmente legível” para o Javascript.
Haviam certos overlaps entre o WCF Web API e o ASP.NET MVC, onde cada um deles determina uma forma específica de utilizar o mesmo protocolo, que é o HTTP. Então, para remover essa confusão, a Microsoft decidiu juntar essas duas tecnologias, e daí surgiu o ASP.NET Web API.
Com essa mesclagem alguns dos elementos que compunham o WCF Web API não existirão mais, justamente porque o ASP.NET MVC trata de outra forma. No ASP.NET Web API, agora vamos lidar com controllers e actions ao invés de uma classe decorada com o atributo ServiceContractAttribute e de métodos decorados com WebGetAttribute/WebInvokeAttribute. O roteamento do ASP.NET será utilizado para direcionar as requisições aos serviços. O model binding será o responsável por materializar o corpo da requisição em objetos complexos que, eventualmente, receberemos em nossos métodos. As actions filters serão utilizados ao invés de operation handlers, e ainda em tempo, se quisermos manipular complementamente a mensagem de requisição/resposta, continuamos tendo acesso às classes HttpRequestMessage e HttpResponseMessage.
Particularmente, eu gosto mais da ideia de ter um único framework que aborda os mais diferentes tipos de comunicação ao invés de atrelar isso especificamente a um tipo de projeto, mas também sou capaz de compreender a necessidade que a Microsoft tem de apartar isso, afinal, o WCF foi construído quando todos pensavam que o protocolo SOAP seria a solução para todo e qualquer tipo de comunicação existente, e o protocolo HTTP só seria mais um meio de transporte. Mas como percebemos ao longo do tempo, em certas ocasiões, ele é extremamente overkill. Mas é importante dizer que há funcionalidades que o SOAP possui que são bem interessantes, e se utilizadas da forma correta, podem trazer vários benefícios, mesmo em ambientes homogêneos. De qualquer forma, em posts futuros mostrarei como procedemos para construir serviços através desta nova tecnologia, que é o ASP.NET Web API.
Muito intessante o post.
Aguardarei sua continuação.
Eu ainda não uso wcf, mas estou prestes a usar.
E aprender logo a usar no novo padrão, acho que será melhor.
Saudações