ASP.NET Web API – Overview


Como mencionei anteriormente, a partir da versão 4, o ASP.NET MVC passará a ter uma infraestrutura completa para a construção e hospedagem de serviços REST. Apesar de essencialmente ser baseado em uma template Web, há algumas mudanças em como implementar o serviço em relação a como fazíamos no WCF Web API.

Ao instalar essa versão, que ainda encontra-se em Beta, passamos a ter uma template de projeto chamada ASP.NET MVC 4, e ao selecioná-la, uma segunda tela é exibida para escolhermos uma entre as seis opções disponíveis, sendo que uma delas é a Web API. Basicamente, cada uma delas traz um projeto pré-configurado com os recursos necessários para que ele funcione corretamente.

Se começarmos a explorar esta template, já começamos a nos deparar com alguns destes recursos configurados. Em primeiro lugar, podemos notar a existência de novos assemblies, que são utilizamos para a construção de APIs Web. Entre eles, o principal é o System.Web.Http.dll, que possui grande parte dos tipos que são utilizados por estes serviços, incluindo tipos que serão utilizados diretamente pelo serviço, bem como tipos que são utilizados pela infraestrutura e pipeline.

Como estamos utilizando a infraestrutura do ASP.NET MVC, as classes que servirão como serviços, deverão herdar da classe abstrata ApiController, que possui características diferentes do Controller tradicional, próprio do MVC; e este novo controller fornece detalhes específicos para a construção de serviços. Os métodos que estarão acessíveis pelos clientes, serão métodos (ações) que estarão dentro desta classe, e que através do sistema de roteamento, deverá procurar e encontrar pela classe/método de acordo com a URI informada.

Dentro desta classe podemos receber e/ou retornar tipos simples, bem como tipos complexos, que são aquelas classes que criamos para representar nossas entidades. Se precisarmos de um acesso mais refinado, da requisição ou da resposta, podemos recorrer ao uso das classes HttpRequestMessage<T> e HttpResponseMessage<T>, mas que infelizmente na versão atual (ainda em Beta), não há nenhum model binder que faz conversão da requisição em um objeto do tipo HttpRequestMessage<T>, mas segundo o time, isso será resolvido em futuras versões. Se precisarmos acessar informações pertinentes à requisição, então devemos recorrer à propriedade Request diretamente, exporta pela classe ApiController. Abaixo temos um exemplo simples de como fica a classe que conterá os métodos de exemplo:

public class NoticiasController : ApiController
{
private static IList<Noticia> noticias = new List<Noticia>();

public IQueryable<Noticia> Get()
{
return noticias.AsQueryable();
}

public Noticia Post(Noticia noticia)
{
noticias.Add(noticia);
return noticia;
}
}

Com essa implementação, já é tudo o que precisamos para poder consumi-lo em uma aplicação cliente. Há um detalhe que passa despercebido no código acima, que é a nomenclatura dos métodos. Note que propositalmente nomeamos o primeiro como Get e o segundo como Post, que refletem dois dos mais comuns verbos do protocolo HTTP.

Na verdade, como parte da template do projeto, já há uma configuração no arquivo Global.asax, que determina uma rota padrão para os serviços. Copiei abaixo a configuração, e podemos notar que há espaço para o controller, mas nada é mencionado em relação ao método/ação na rota. Existem algumas deduções que ele faz, como por exemplo, verificar se dentro do controller há um método, sem parâmetros, onde o nome inicie com “Get…”. O mesmo coisa acontece com o método Post e também para os outros métodos GET e PUT do HTTP.

routes.MapHttpRoute(
name: “DefaultApi”,
routeTemplate: “api/{controller}/{id}”,
defaults: new { id = RouteParameter.Optional }
);

Se desejar definir um nome diferente destas regras, você pode recorrer aos atributos HttpGetAttribute, HttpPostAttribute, HttpPutAttribute e HttpDeleteAttribute, para dizer ao framework o que e como pode ser acessado um determinado método dentro desta classe.

Algumas funcionalidades inerentes ao HTTP já estão devidamente configuradas, como por exemplo, basta apontar o header Content-Type ou Accept, do tipo do conteúdo ou tipo da resposta, respectivamente, e o ASP.NET Web API já sabe como deve ler/gerar o conteúdo. Além disso, já existe suporte nativo a alguns operadores do protocolo OData, como paginação, ordenação, etc., e para tudo isso funcionar, a única preocupação é que nosso método retorne a instância de uma classe que implemente a interface IQueryable<T>, e a partir daí, é só incorporar na querystring os parâmetros necessários.

Finalmente, podemos perceber neste pequeno trecho de código, que a construção de um serviço REST acaba ficando mais simples se comparado ao WCF Web API, e muito mais simples ainda, se compararmos com o WCF HTTP.

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