Contratos Assíncronos no WCF 4.5


Há algum tempo eu mencionei aqui como criar um contrato assíncrono para um serviço WCF. A finalidade deste tipo de contrato é permitir a sua implementação de forma, também, assíncrona, para que possamos tirar um hor proveito dos recursos (leia-se threads), do servidor onde o serviço estará sendo hospedado.

Como o formato segue o padrão estabelecido pelo .NET Framework, somos obrigados a construir o contrato nos mesmos moldes do padrão definido por ele, ou seja, um par de métodos Begin/End. Além disso, ainda temos a necessidade de uma eventual implementação da interface IAsyncResult, callbacks, etc., ou seja, com toda a complexidade que estamos acostumados quando precisamos lidar com programação assíncrona no .NET.

As linguagens (C# e VB.NET) redefiniram a forma como escrevemos código assíncrono, e para tirar proveito disso, o WCF sofreu algumas mudanças internas, e agora a criação e implementação de contratos assíncronos são bem mais fáceis de serem implementados do que anteriormente.

Apesar das mudanças serem internas, para que seja possível esse tipo de utilização, algumas regras são exigidas ao (re)escrever o contrato. É necessário que a operação retorne um objeto do tipo Task (quando a mesma não retorna nenhum resultado) ou Task<T> (quando a mesma deve retornar um resultado (T refere-se ao tipo de resultado)). Abaixo temos a interface que define o contrato do serviço:

[ServiceContract]
public interface IContrato
{
[OperationContract]
Task<string> Ping(string value);
}

Ao implementar esse contrato na classe que representará o serviço, entre em cena as keywords do C# que faz toda a mágica para executar de forma assíncrona: async e await, quais já falamos aqui, e que em conjunto com os ajustes internos que a Microsoft fez no WCF (a crição de um operation invoker chamado TaskMethodInvoker), faz com que a operação seja executada sem qualquer grande impacto ao desenvolvedor. Abaixo temos um exemplo de implementação do contrato acima criado:

public class Servico : IContrato
{
public async Task<string> Ping(string value)
{
return await Task.Factory.StartNew(() => value + ” ping”);
}
}

Em termos que hosting, nada é necessário. Por fim, como já mencionado, em tempo de execução, teremos uma melhor reusabilidade das threads, o que nos permite executar algum recurso custoso, como por exemplo, chamado à bancos de dados, outros serviços, sem que a thread fique bloqueada esperando pelo resultado que não depende das capacidades do processamento local.

Já o consumo por parte de uma aplicação também .NET, temos uma ligeira mudança. Trata-se de uma nova opção chamada “Generate task-based operations”. Ao efetuar a referência para um serviço e se esta opção estiver selecionada, fará com que a versão assíncrona das operações do proxy, sejam criadas utilizando o modelo baseado em tasks. Enquanto a outra opção, fará com que ele crie no modelo tradicional, ou seja, baseado em eventos XXXCompleted para cada uma das operações expostas pelo serviço. A imagem abaixo ilustra esta nova opção:

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