Composição de Tokens para Cancelamento

Ao contrário do que temos na classe Thread, a classe Task não fornece um método para abortar a execução da mesma. Se desejamos “monitorar” a execução e ter a chance de cancelar, temos que passar uma espécie de token ao criar a tarefa, e externamente, quando quisermos, podemos cancelar a execução. Compete aquele que programa a tarefa a ser executada, avaliar se o cancelamento foi ou não solicitado.

No .NET Framework a classe que nos permite controlar o cancelamento é a CancellationTokenSource. Ela expõe uma propriedade chamada Token que por sua vez, é representada pela classe CancellationToken, e é este valor que temos que passar para a tarefa a ser executada, e através do método Cancel podemos solicitar o cancelamento. Um detalhe importante aqui é que a classe CancellationTokenSource também disponibiliza um método estático chamado CreateLinkedTokenSource, que nos permite agrupar vários tokens, e quando qualquer um deles for cancelado, a tarefa é cancelada.

var cts1 = new CancellationTokenSource();
var cts2 = new CancellationTokenSource();

using (var cts3 = CancellationTokenSource.CreateLinkedTokenSource(cts1.Token, cts2.Token))
{
    var task = Task.Factory.StartNew(() =>
    {
        for (int i = 0; i < int.MaxValue; i++)
        {
            cts3.Token.ThrowIfCancellationRequested();
            Console.WriteLine(i);
        }
    }, cts3.Token);
               
    Console.ReadLine();
    cts2.Cancel();
    Console.ReadLine();
}

Repare que criamos dois tokens (cts1 e cts2) e agrupamos em um terceiro chamado cts3. Se invocarmos o método Cancel de qualquer um dos três, a tarefa será interrompida. Vale lembrar que somente o fato de passar o token na criação da tarefa não é suficiente para interromper a execução; como foi dito acima, é de responsabilidade do desenvolver monitorar a solicitação de cancelamento, e para isso, neste caso estamos utilizando o método ThrowIfCancellationRequested, que dispara uma exceção se a solicitação foi feita.

Por fim, note que apenas o terceiro CancellationTokenSource está sendo envolvido em um bloco using. Isso é porque quando criamos este objeto a partir do link entre outros, o método Dispose irá executar algumas atividades que irão impactar a memória, descartando objetos que são criados exclusivamente para isso. O método Dispose nesta classe também pode ser útil quando estamos utilizando a funcionalidade CancelAfter, que utiliza internamente um Timer para monitorar o tempo e, automaticamente, interromper a tarefa que está – ainda – sendo executada depois que o tempo expira. 

Cancelando Requisições do HttpClient

Como sabemos, a classe HttpClient é uma espécie de proxy para o consumo de serviços REST a partir de aplicações .NET. Durante a sua criação é possível realizar diversas configurações, e as requisições que saem e chegam, compartilham estas configurações, evitando que se faça isso a cada nova requisição/resposta que é enviada/processada.

Entre os diversos métodos que esta classe fornece, o mais completo, ou melhor, “de mais baixo nível”, é o SendAsync, que onde podemos (e devemos) configurar completamente a mensagem, especificando desde a URL até o método HTTP que será utilizado. Como facilitador, existem alguns métodos que foram criados sobre o método SendAsync, e foram nomeados utilizandos os verbos do HTTP (GET (GetAsync), POST (PostAsync), etc.).

A classe HttpClient fornece um método chamado CancelPendingRequests, que como o próprio nome sugere, solicitará o cancelamento de todas as requisições que estão sendo realizadas pela respectiva instância do HttpClient. Mas é provável que queremos ter um controle individual das requisições e conseguirmos cancelar especificamente uma delas.

Felizmente todos os métodos que iniciam uma nova requisição possuem um parâmetro onde é permitido controlar e, principalmente, cancelar a execução da mesma. Eles fazem uso de uma classe chamada CancellationTokenSource, que faz parte do .NET Framework, e possibilita ao chamador informar ao runtime que deseja cancelar a requisição que está em andamento.

Para exemplificar o seu uso, vamos utilizar uma aplicação WPF para iniciará a requisição, e enquanto ela estiver sendo executada, vamos dar a possibilidade ao usuário dele conseguir cancelar a mesma. Note no código abaixo que criamos em nível da classe um membro chamado status, qual será o responsável por gerenciar um eventual cancelamento. No clique do botão Requisitar, estamos recorrendo ao método GetAsync (chamando-o de forma assíncrona) e passamos o CancellationTokenSource. É importante notar que temos que envolver este código em um bloco try/catch para interceptar a exceção do tipo TaskCanceledException, que será disparada quando o cancelamento for efetivamente realizado.

public partial class MainWindow : Window
{
private CancellationTokenSource status;
private HttpClient proxy = new HttpClient();

    private async void Requisitar_Click(object sender, RoutedEventArgs e)
{
Reinicializar();

        try
{
var resposta = await proxy.GetAsync(Url.Text, status.Token);

            if (resposta.IsSuccessStatusCode)
Conteudo.Text = await resposta.Content.ReadAsStringAsync();
}
catch (TaskCanceledException)
{
Conteudo.Foreground = Brushes.Red;
Conteudo.Text = “*** A REQUISIÇÃO FOI CANCELADA ***”;
}
}

    private void Reinicializar()
{
Conteudo.Text = null;
Conteudo.Foreground = Brushes.Black;

        status = new CancellationTokenSource();
}

    private void Cancelar_Click(object sender, RoutedEventArgs e)
{
status.Cancel();
}
}

Agora o cancelamento pode ser solicitado ao clicar no botão Cancelar, e através do método Cancel da classe CancellationTokenSource, o código para o qual passamos este token (que foi o GetAsync) identifica a solicitação e cancela a execução, disparando a exceção que falamos acima. As imagens abaixo ilustram tanto a requisição sendo executada com sucesso quanto um cancelamento sendo solicitado e acatado, abortando o processamento.

Análise de Headers antes da carga do Conteúdo

Quando fazemos a requisição através da classe HttpClient, informamos o endereço do recurso que queremos acessar, e através de algum método, como por exemplo, o GetAsync, é possível receber o resultado esperado. Apesar de na maioria das vezes já sabermos o que o teremos como resultado, em alguns momentos podemos querer fazer alguma verificação antes de materializar o conteúdo que foi retornado.

A questão é que para materializar o tal conteúdo, precisamos alocar memória e realizar algum processamento, e que pode ser desnecessário dependendo da uma eventual condição que temos que avaliar antes de efetivamente carregar o conteúdo. Para os métodos expostos pela classe HttpClient, há uma versão que nos permite passar uma das opções do enumerador HttpCompletionOption, a saber.

  • ResponseHeadersRead: indica que a operação deve ser considerada como completa depois que os headers forem lidos. A conteúdo ainda não.
  • ResponseContentRead: indica que a operação somente será considerada como completa depois que todo o corpo da mesma já tenha sido lido e materializado.

Como vamos buscar o conteúdo através do método GetAsync, iremos definir a opção ResponseHeadersRead para analisarmos os headers antes de carregar o conteúdo. Quando a requisição voltar, faremos a verificação para analisar se o conteúdo (através do header Content-Type) é ou não do tipo HTML, e se for, o acessamos da forma que desejarmos. Essa técnica evitará o carregamento desnecessário do corpo da mensagem, ou seja, postergaremos a carga até que se realmente precise dela, poupando recursos da máquina de onde o consuma está sendo realizado.

using (var client = new HttpClient())
{
    var resposta =
        await client.GetAsync(“http://www.microsoft.com&#8221;, HttpCompletionOption.ResponseHeadersRead);

    if (resposta.Content.Headers.ContentType.MediaType != “text/html”)
    {
        var conteudo = await resposta.Content.ReadAsStringAsync();

        //utilizar o conteúdo
    }
}

Tarefas de Background no ASP.NET

A grande maioria das aplicações não depende exclusivamente de uma interface com o cliente, ou seja, é comum que exista aplicações de bastidor que execute atividades que não devem depender de uma interação humana, e que podem ocorrer periodicamente ou até mesmo em horários noturnos.

Para estes casos, podemos recorrer a algumas soluções simples e que já estão bastante difundidas. Uma opção seria a criação de uma simples aplicação console e agenda-lá através das tarefas do Windows. Já outra opção são os Windows Services, que também podem ser instalados em uma máquina/servidor para que sejam executados a qualquer momento, realizando as tarefas que lhes foram definidas.

Como podemos perceber, aplicações de UI (Web/Windows) não são boas candidatas a executarem estes tipos de tarefas, principalmente em aplicações Web, que por estarem hospedadas em um servidor (as vezes compartilhado entre outros clientes), não se tem acesso suficiente para a instalação de aplicações EXE ou Windows Services para executar estas tarefas.

A criação e manutenção de tarefas dentro de uma aplicação ASP.NET nunca foi uma tarefa fácil de se fazer. Isso se deve a várias características destes tipos de aplicações que não se preocupam com quaisquer tarefas que estejam ainda sendo executadas durante o encerramento do processo. A reciclagem do processo do IIS (por inatividade, por alteração no Web.config, etc.) acabam finalizando todo o processo w3wp.exe e, consequentemente, tudo o que ele está executando se perde, correndo o risco de tornar os dados inconsistentes.

O ASP.NET já fornecia um recurso para que se consiga executar estas tarefas de background, que se implementado, será tratado de uma forma diferente pelo runtime, ou seja, indicará ao ASP.NET que ele se atente ao código antes de abortar o mesmo. Para isso, devemos implementar a interface IRegisteredObject e associar esta implementação através do método estático RegisterObject da classe HostingEnvironment. Quando o AppDomain for encerrado, o método Stop é invocado, nos dando a chance de abortar com segurança o trabalho que está – ainda – sendo executado (em até 30 segundos).

Com o recém lançado .NET Framework 4.5.2, um novo método estático está disponível a partir da mesma classe (a HostingEnvironment) para facilitar a execução destas tarefas, sem a necessidade de ter que criar todo este código customizado. Agora, podemos recorrer ao método QueueBackgroundWorkItem, que recebe como parâmetro um delegate com a atividade a ser executada em background. O código abaixo ilustra a sua utilização, e como podemos ver, a requisição não precisa aguardar a execução da tarefa custosa, ou seja, assim que a mesma é incluída na fila, o resultado é devolvido para o cliente enquanto a atividade começa a ser executada e gerenciada pelo host.

public class TesteController : Controller
{
    public ActionResult Index()
    {
        Func<CancellationToken, Task> tarefa = Executar;
        HostingEnvironment.QueueBackgroundWorkItem(tarefa);
        
        return View();
    }

    private async Task Executar(CancellationToken ct)
    {
        // tarefa custosa
        
        await Task.Delay(5000);
    }
}

Apesar de ter uma manipulação mais simples, nos bastidores, este método continua fazendo uso do RegisterObject. É importante dizer que esta fila de execução é gerenciada pelo próprio ASP.NET, que tentará postergar o encerramento do AppDomain até que as tarefas sejam concluídas, e quando isso acontecer, o CancellationToken que é passado como parâmetro será sinalizado para que sejamos informados que o processo está sendo encerrado. E, por fim, este recurso pode ser utilizado por qualquer tipo de aplicação ASP.NET.

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Propagando Transações em Métodos Assíncronos

Desde a versão 2.0 do .NET Framework existe um assembly chamado System.Transactions.dll. Dentro deste assembly há diversos tipos para trabalharmos com transações dentro de aplicações .NET. Basicamente passamos a ter o controle, através de uma linguagem .NET, de um ambiente transacionado, em que podemos delimitar o escopo e decidir quando e onde queremos efetivar (commit) ou desfazer (rollback) as alterações .

Através deste mesmo conjunto de classes, temos a possibilidade de alistar vários tipos de recursos, e entre eles temos base de dados relacionais, filas de mensagens (message queue) e até mesmo, com algum trabalho, recursos voláteis. Além disso, este mecanismo é inteligente o bastante para determinar quando ele precisa apenas de uma transação local (quando envolve apenas um resource manager), e quando há mais que um envolvido, ele é capaz de escalar para uma transação distribuída de forma automática.

Apesar de funcionar bem, alguimas complicações começam a aparecer quando estamos trabalhando com aplicações assíncronas, mas que compartilham do mesmo escopo transacionado. O que quero dizer aqui é que uma vez que o escopo está criado (TransactionScope), se envolvermos chamadas à outros códigos de forma assíncrona, esperando que a transação seja propagada para essas outras threads, teremos um comportamento não desejado. Isso se deve ao fato de que, por padrão, a transação não é (automaticamente) propagada para essas outras threads que estão fazendo um trabalho complementar ao principal.

Para resolvermos este problema até então, devemos recorrer à classe DependentTransaction. Como o próprio nome sugere, esta classe é um clone da transação que rege o ambiente criado pelo TransactionScope, e garante que escopo principal não possa ser concluído antes que todos os trabalhos que estão sendo executados paralelamente estejam finalizados. A criação desta classe se dá através do método DependentClone da classe Transaction, que como parâmetro recebe uma das opções expostas pelo enumerador DependentCloneOption. No exemplo abaixo utilizaremos a opção BlockCommitUntilComplete, que garantirá que que transação não seja efetivada até que o trabalho dentro do método Metodo1 seja finalizado. O que sinaliza ao coordernador que o trabalho assíncrono foi concluído é a chamada para o método Complete da classe DependentTransaction.

private static void Executar()
{
    using (var scope = new TransactionScope())
    {
        LogTransactionInfo(“Main”);

        ThreadPool.QueueUserWorkItem(
            Metodo1,
            Transaction.Current.DependentClone(DependentCloneOption.BlockCommitUntilComplete));

        scope.Complete();
    }
}

private static void Metodo1(object root)
{
    using (var dependentTransaction = root as DependentTransaction)
    {
        using (var scope = new TransactionScope(dependentTransaction))
        {
            LogTransactionInfo(“Metodo1”);

            scope.Complete();
        }

        dependentTransaction.Complete();
    }
}

Se avaliarmos o log do identificador da transação, veremos que ambos possuem o mesmo ID:

Main: 5bb899d4-3428-42ce-9c45-d498900be040:1
Metodo1: 5bb899d4-3428-42ce-9c45-d498900be040:1

Como o .NET Framework em conjunto com as linguagens estão tentando tornar a construção de aplicações assíncronas mais simples, a Microsoft incluiu na versão 4.5.1 do .NET Framework um novo construtor na classe TransactionScope que aceita uma das duas opções expostas pelo enumerador TransactionScopeAsyncFlowOption. A opção Enabled que é utilizada abaixo indica ao .NET que o escopo transacionado deve ser propagado para os métodos assíncronos que são invocados dentro dele. Isso facilita a codificação, pois podemos tornar o código mais legível, sem a necessidade de ficar controlando detalhes de infraestrutura, e isso pode ser comprovado através do exemplo abaixo. O enumerador TransactionScopeAsyncFlowOption também possui a opção Supress, que é a configuração padrão e é indica que o contexto transacionado não seja propagado.

private async static Task Executar()
{
    using(var scope = new TransactionScope(TransactionScopeAsyncFlowOption.Enabled))
    {
        LogTransactionInfo(“Main”);

        await Metodo1();

        scope.Complete();
    }
}

private async static Task Metodo1()
{
    LogTransactionInfo(“Metodo1”);

    await Task.Delay(100);
}

E, finalmente, como já era de se esperar, os IDs das transações são idênticos, tanto na thread principal quanto na worker thread:

Main: d7f86e15-8bf8-4472-aeb7-be661a2c5703:1
Metodo1: d7f86e15-8bf8-4472-aeb7-be661a2c5703:1

Cultura padrão para AppDomain

O idioma configurado na minha máquina (através do Painel de Controle) é o pt-BR. Ao rodar uma aplicação .NET, por padrão, a mesma é configurada com a cultura que está definida lá, e sendo assim, todas as threads que rodam na aplicação seguirão a mesma cultura. O código abaixo ilustra o código de exemplo:

static void Main(string[] args)
{
    var data = DateTime.Now;
    var valor = 1982.81M;

    ExibirNaMesmaThread(data, valor);
    ExibirEmOutraThread(data, valor);
}

static void ExibirNaMesmaThread(DateTime data, decimal valor)
{
    Console.WriteLine(data);
    Console.WriteLine(“{0:C2}”, valor);
}

static async void ExibirEmOutraThread(DateTime data, decimal valor)
{
    await Task.Delay(1000);

    Console.WriteLine(data);
    Console.WriteLine(“{0:C2}”, valor);
}

O resultado ao rodar este código será:

22/09/2013 16:33:34
R$ 1.982,81

22/09/2013 16:33:34
R$ 1.982,81

A data e o valor decimal estão no formato brasileiro, assim como era de se esperar. Em aplicações onde queremos determinar e/ou fixar a cultura padrão, recorremos à propriedade CurrentCulture da classe Thread para isso, e geralmente fazemos a configuração na inicialização da aplicação. Só que essa configuração somente é válida quando estamos em uma aplicação que trabalha apenas com uma única thread. Se desejarmos configurar a cultura explicitamente, fazemos o seguinte:

var cultura = new CultureInfo(“en-US”);

Thread.CurrentThread.CurrentCulture = cultura;
Thread.CurrentThread.CurrentUICulture = cultura;

Só que ao rodar a aplicação, para nossa surpresa, teremos:

9/22/2013 4:37:58 PM
$1,982.81

22/09/2013 16:37:58
R$ 1.982,81

A primeira exibição mostra os valores no padrão americano, pois está rodando sobre na mesma thread em que configuramos a cultura. Já o método que roda assincronamente e, consequentemente, em outra thread, continua exibindo os valores no formato brasileiro, pois a configuração que fizemos afetou somente a thread corrente, e Task que foi criada pelo .NET para executar o método ExibirEmOutraThread continua utilizando no formato brasileiro.

A partir do .NET Framework 4.5, a classe CultureInfo passa a ter duas novas propriedades estáticas chamadas: DefaultThreadCurrentCulture e DefaultThreadCurrentUICulture, que determinam a cultura padrão para todas as threads que rodam dentro daquele AppDomain. Se optarmos por ela ao invés daquelas propriedades expostas pela classe Thread, teremos ambos os valores formatados igualmente para todos os métodos dentro da aplicação, independentemente de qual thread eles estejam rodando.

var cultura = new CultureInfo(“en-US”);

CultureInfo.DefaultThreadCurrentCulture = cultura;
CultureInfo.DefaultThreadCurrentUICulture = cultura;

9/22/2013 4:43:19 PM
$1,982.81

9/22/2013 4:43:19 PM
$1,982.81

Utilizando o DataReader Assincronamente

Na versão 2.0 do .NET Framework, a Microsoft incluiu uma série de novas funcionalidades em sua API de acesso a dados, o ADO.NET. Entre elas, podemos destacar o código genérico, MARS, Bulk-Copy e execução assíncrona de comandos e consultas.

O que tínhamos disponível naquela época é a implementação através do modelo assíncrono do .NET, que era implementado utilizando um par de métodos BeginXXX/EndXXX. Sendo assim, o método ExecuteReader passou a ter os métodos BeginExecuteReader e EndExecuteReader, enquanto o método ExecuteNonQuery, ganhou os métodos BeginExecuteNonQuery e EndExecuteNonQuery.

Da mesma forma, para ficar alinhado a nova forma de se trabalhar assincronamente nas linguagens, a execução assíncrona de comandos e consultas no ADO.NET 4.5 sofreu algumas mudanças, para seguir o modelo baseado em Tasks. Além das mudanças em nível das interfaces das classes, um detalhe importante é que não é mais necessário definir o flag Asynchronous Processing para True no arquivo de configuração, algo que sempre era descoberto somente depois que a aplicação estava em execução.

Para iniciar, a classe que representa a conexão (SqlConnection/DbConnection) fornecem a versão assíncrona do método Open, que é o OpenAsync. Este método retorna uma Task, o que a torna “aguardável”, e com isso, podemos utilizar a keyword await para que a abertura possa ser realizada de forma assíncrona. Abaixo o código ilustra o uso deste método:

private async static Task Executar()
{
    using (var conn = new SqlConnection(“…”))
    {
        await conn.OpenAsync();

        //…
    }
}

Como já era de se esperar, os mesmos métodos fornecidos na versão 2.0 do ADO.NET para processamento assíncrono, ganharam na versão baseada em Tasks na versão 4.5. No caso do ExecuteReader, temos o ExecuteReaderAsync. Já para o método ExecuteNonQuery, temos o ExecuteNonQueryAsync e, finalmente, para o ExecuteScalar, existe o ExecuteScalarAsync.

Todos estes métodos tratam-se da nova versão assíncrona, que basicamente retornam um objeto do tipo Task, que representa a tarefa que está sendo executada assincronamente. E, qualquer exceção que eventualmente ocorra dentro do processo assíncrono, ela será retornada/acessada através da Task que foi retornada pelo método. Abaixo temos um exemplo de como ler os dados através de DataReader, utilizando este novo modelo assíncrono:

private async static Task Executar()
{
    using (var conn = new SqlConnection(“…”))
    {
        await conn.OpenAsync();

        using (var cmd = new SqlCommand(“SELECT * FROM Cliente”, conn))
            using (var dr = await cmd.ExecuteReaderAsync())
                while (await dr.ReadAsync())
                    if (!await dr.IsDBNullAsync(1))
                        Console.WriteLine(dr.GetString(1));
    }
}

Acima utilizamos o método ExecuteReaderAsync, mas ao percorrer o result-set retornado, utilizamos o – também novo – método ReaderAsync, que é a versão assíncrona, também baseada em Task,  do método Read do DataReader. Esse método em conjunto os métodos NextResultAsync, IsDBNullAsync e GetFieldValueAsync<T>, fornecem um controle muito mais refinado aos dados que estão sendo extraídos, pois quando olhamos um pouco mais de perto os internals de cada um deles, percebemos que a versão síncrona pode custar caro, prejudicando assim a escalabilidade.

Além disso, todos os métodos que vimos até aqui, possuem um segundo overload que suporta o cancelamento da tarefa custosa que está sendo executada. Para controlar o cancelamento, eles fazem uso da estrutura CancellationToken, e que podemos criar e informar ao invocar o método. Com uma pequena mudança na assinatura do método de exemplo que criamos acima (Executar), ele passará a receber o token que controla e propaga a notificação de cancelamento. Uma vez que o mesmo é repassado às tarefas que são executadas internamente, periodicamente o token é consultado para ver se o cancelamento foi ou não solicitado. A mudança é ligeira:

private async static Task Executar(CancellationToken ct)
{
    using (var conn = new SqlConnection(“…”))
    {
        await conn.OpenAsync(ct);

        using (var cmd = new SqlCommand(“SELECT * FROM Cliente”, conn))
            using (var dr = await cmd.ExecuteReaderAsync(ct))
                while (await dr.ReadAsync(ct))
                    if (!await dr.IsDBNullAsync(1, ct))
                        Console.WriteLine(dr.GetString(1));
    }
}

Como percebemos, para preparar o método para permitir o cancelamento, é receber no parâmetro um CancellationToken, e propagá-lo para os métodos internos. Abaixo, estamos consumindo o método Executar que criamos, só que agora estamos passando um token que que será cancelado em dois segundos. Se depois deste tempo o método não concluir, uma exceção será disparada, informando que a tarefa foi cancelada.

var cts = new CancellationTokenSource();

try
{
    cts.CancelAfter(TimeSpan.FromSeconds(2));
    Executar(cts.Token).Wait();
}
catch (Exception ex)
{
    //trata exceção
}

Contratos Assíncronos no WCF 4.5

Há algum tempo eu mencionei aqui como criar um contrato assíncrono para um serviço WCF. A finalidade deste tipo de contrato é permitir a sua implementação de forma, também, assíncrona, para que possamos tirar um hor proveito dos recursos (leia-se threads), do servidor onde o serviço estará sendo hospedado.

Como o formato segue o padrão estabelecido pelo .NET Framework, somos obrigados a construir o contrato nos mesmos moldes do padrão definido por ele, ou seja, um par de métodos Begin/End. Além disso, ainda temos a necessidade de uma eventual implementação da interface IAsyncResult, callbacks, etc., ou seja, com toda a complexidade que estamos acostumados quando precisamos lidar com programação assíncrona no .NET.

As linguagens (C# e VB.NET) redefiniram a forma como escrevemos código assíncrono, e para tirar proveito disso, o WCF sofreu algumas mudanças internas, e agora a criação e implementação de contratos assíncronos são bem mais fáceis de serem implementados do que anteriormente.

Apesar das mudanças serem internas, para que seja possível esse tipo de utilização, algumas regras são exigidas ao (re)escrever o contrato. É necessário que a operação retorne um objeto do tipo Task (quando a mesma não retorna nenhum resultado) ou Task<T> (quando a mesma deve retornar um resultado (T refere-se ao tipo de resultado)). Abaixo temos a interface que define o contrato do serviço:

[ServiceContract]
public interface IContrato
{
[OperationContract]
Task<string> Ping(string value);
}

Ao implementar esse contrato na classe que representará o serviço, entre em cena as keywords do C# que faz toda a mágica para executar de forma assíncrona: async e await, quais já falamos aqui, e que em conjunto com os ajustes internos que a Microsoft fez no WCF (a crição de um operation invoker chamado TaskMethodInvoker), faz com que a operação seja executada sem qualquer grande impacto ao desenvolvedor. Abaixo temos um exemplo de implementação do contrato acima criado:

public class Servico : IContrato
{
public async Task<string> Ping(string value)
{
return await Task.Factory.StartNew(() => value + ” ping”);
}
}

Em termos que hosting, nada é necessário. Por fim, como já mencionado, em tempo de execução, teremos uma melhor reusabilidade das threads, o que nos permite executar algum recurso custoso, como por exemplo, chamado à bancos de dados, outros serviços, sem que a thread fique bloqueada esperando pelo resultado que não depende das capacidades do processamento local.

Já o consumo por parte de uma aplicação também .NET, temos uma ligeira mudança. Trata-se de uma nova opção chamada “Generate task-based operations”. Ao efetuar a referência para um serviço e se esta opção estiver selecionada, fará com que a versão assíncrona das operações do proxy, sejam criadas utilizando o modelo baseado em tasks. Enquanto a outra opção, fará com que ele crie no modelo tradicional, ou seja, baseado em eventos XXXCompleted para cada uma das operações expostas pelo serviço. A imagem abaixo ilustra esta nova opção:

ASP.NET Web API: Implementação Assíncrona

A Microsoft trabalha para que na próxima versão do C# e do VB.NET, eles já saiam com suporte para programação assíncrona. Como eu já havia mencionado em um post anterior, a ideia é facilitar a programação assíncrona, que não é nada trivial. A ideia é tornar a escrita de um código assíncrono, muito próximo a escrita de um código síncrono, e nos bastidores, o compilador faz grande parte do trabalho. Grande parte das funcionalidades do .NET Framework que já possuem suporte nativo ao consumo em formato assíncrono, foram readaptados para que assim, os desenvolvedores possam fazer uso dos recursos oferecidos pela linguagem para consumi-los.

Desta mesma forma, algumas tecnologias que dão suporte à construção de funcionalidades assíncronas, também sofreram adequações para este novo modelo. Para citar um caso, o WCF permite agora a construção de um serviço assíncrono de forma muito mais tranquila que antes, onde tínhamos que implementar um contrato assíncrono.

Já o ASP.NET merece algumas considerações: o ASP.NET Web Forms traz o conceito de páginas assíncronas, que também farão uso dos recursos das linguagens para implementa-las. O ASP.NET MVC possui uma classe chamada AsyncController, de qual herdamos e com pequenos ajustes, conseguimos ter ações sendo disparadas de forma assíncrona. Na próxima versão, o ASP.NET MVC também flexibilizará a criação das ações assíncronas, deixando, novamente, o trabalho árduo para o compilador.

Agora, ao utilizar o ASP.NET Web API, também podemos fazer com que as ações expostas pela API sejam processadas assincronamente. Como é a primeira versão desta tecnologia, a forma de escrevermos as ações assincronamente, é somente através dos recursos das linguagens. Só que antes de exibir como procedemos para criar o código assíncrono, vamos primeiramente criar a versão síncrona desta ação:

public class NoticiasRegionaisController : ApiController
{
    private const string ServicoDeNoticias =
        “http://localhost:1256/api/noticias/recuperar&#8221;;

    [HttpGet]
    public IEnumerable<NoticiaDaRegiao> Recuperar()
    {
        return
            JsonArray.Parse
            (
                new WebClient().DownloadString(ServicoDeNoticias)
            ).ReadAsType<IEnumerable<NoticiaDaRegiao>>();
    }
}

Note que há um serviço chamado NoticiasRegionais, qual recorre à um outro serviço que é mais abrangente, para extrair as notícias de uma determinada região ou cidade. No interior do método Recuperar, propositalmente fazemos a chamada para o serviço e esperamos pelo resultado, que ao voltar, efetuamos o parser e, finalmente, convertemos para o formato esperado e retornamos ao cliente.

Ao rodar esse código, a requisição será bloqueada pelo runtime até que o resultado seja devolvido pelo serviço. Isso prejedica, e muito, a escalabilidade do serviço. O fato da thread ficar bloqueada enquanto espera pelo resultado do serviço, ela poderia estar atendendo à outras requisições, que talvez não exijam recursos de terceiros (I/O bound). O fato de disponibilizar a thread para que ela possa atender à outras requisições, farão com que elas não esperem por um – longo – tempo indeterminado, pois como dependemos do resultado de um terceiro, poderíamos arranjar muito trabalho para esta thread, até que ela precise retomar o trabalho da requisição anterior.

O gráfico abaixo apresenta algumas medições que foram feitas no serviço acima, que foi implementado de forma síncrona. Entre os contadores podemos visualizar a média do tempo gasto para que a requisição retorne, e além disso, a quantidade de requisições que o serviço de notícias regionais é capaz de atender por segundo.

Como mencionado acima, podemos implementar o controller da API de forma assíncrona, o que exigirá algumas mudanças, mas nada que faça com que seja necessário escrever e/ou gerenciar uma porção de código para garantir o assincronismo. Com isso, o primeiro detalhe a notar na escrita da ação assíncrona, é a exigência da keyword async, que faz parte do C#. Além disso, uma das grandes diferenças aqui, é com relação ao tipo de retorno da ação. No exemplo anterior, retornávamos um IEnumerable<T>, onde o tipo T é representado pela classe NoticiaDaRegiao. Aqui, ao invés disso, vamos retornar um Task<TResult>, onde TResult será definido com o mesmo tipo de retorno da ação síncrona, ou seja, IEnumerable<NoticiaDaRegiao>.

Internamente a implementação também mudará. Passamos a recorrer a classe HttpClient, que fará parte do .NET Framework, utilizado para consumir serviços REST, fornecendo vários facilitadores. Além disso, o fato de colocarmos a keyword async na assinatura do método, o compilador já nos obriga a definir o local que vamos aguardar pelo resultado, e para isso, utilizamos uma segunda keyword, chamada de await. No exemplo abaixo aguardamos a resposta voltar, e além disso, também invocamos a leitura do corpo da mensagem de forma assíncrona. Com isso, a ação que tínhamos foi rescrita e ficou da seguinte forma:

public class NoticiasRegionaisController : ApiController
{
    private const string ServicoDeNoticias =
        “http://localhost:1256/api/noticias/recuperar&#8221;;

    [HttpGet]
    public async Task<IEnumerable<NoticiaDaRegiao>> Recuperar()
    {
        using (var client = new HttpClient())
            return await
                (await client.GetAsync(ServicoDeNoticias))
                .Content
                .ReadAsAsync<IEnumerable<NoticiaDaRegiao>>();
    }
}

Com isso, ao executarmos novamente os testes, agora contra o serviço implementado de forma assíncrona, veremos um ganho considerável, onde o tempo de resposta diminui e a quantidade de requisições atendidas por segundo aumenta. O gráfico abaixo já reflete essa mudança:

A implementação assíncrona trouxe um resultado interessante, aumentando a capacidade da aplicação de lidar com muitas requisições, e isso tende a aumentar dependendo das características do ambiente, como máquina, recursos, funcionalidades do serviço, etc.

Assincronismo no WPF

Uma grande necessidade que existe ao escrevermos aplicações, é a necessidade de executar tarefas custosas e/ou periódicas (polling). Muitas vezes, se elas forem escritas em sua forma tradicional, vamos nos deparar com uma experiência ruim durante o uso do software, justamente porque essas tarefas serão executadas de forma síncrona, ou seja, até que elas não sejam concluídas, o usuário não poderá acessar qualquer outra área do sistema.

O .NET Framework fornece desde as primeiras versões suporte para escrita de código assíncrono. O problema é que a escrita deste código não é lá muito trivial, tendo que lidar com muitos detalhes de baixa nível, tais como asyncs results, callbacks, sincronização, etc. Para facilitar isso, a Microsoft trabalha na criação de novos recursos que serão incorporados na própria linguagem (C# e VB.NET), tornando a programação assíncrona muito mais simples de ser realizada, tornando-a tão intuitiva quanto a programação síncrona.

Além dessa mudança nas linguagens, ainda temos o Reactive Extensions, que uma das suas funcionalidades, é prover uma forma diferente de lidar com a programação assíncrona, que ao invés de “puxarmos” o resultado de algum lugar, podemos fazer com que esse resultado seja “empurrado” para a aplicação, o que lhe permitirá trabalhar de forma reativa. A finalidade deste artigo é apresentar como podemos proceder para trabalhar de forma assíncrona em uma aplicação Windows, e para o exemplo, vamos recorrer a um projeto baseado em WPF em conjunto com o Reactive Extensions.

Como disse anteriormente, podemos executar uma tarefa de forma assíncrona ou executar uma ação periodicamente. No primeiro caso, em que precisamos executar uma tarefa de forma assíncrona, podemos recorrer ao método de extensão ToAsync da classe Observable. Esse método possui centenas de overloads, qual contempla grande parte (senão todas) das versões dos delegates Action e Func. Sendo assim, podemos vincular diretamente um método que leva um tempo longo para executar, e com isso, reagir quando o resultado for retornado. A implementação deste código pode variar dependendo se você está ou não utilizando o padrão MVVM. Abaixo temos o exemplo de como podemos proceder para executar um cálculo custoso de forma assíncrona, utilizando Reactive Extensions, sem MVVM:

private void Operacao_Click(object sender, RoutedEventArgs e)
{
    int v1 = int.Parse(this.Valor1.Text);
    int v2 = int.Parse(this.Valor2.Text);

    Observable
        .ToAsync<int, int, int>(Somar)(v1, v2)
        .ObserveOnDispatcher()
        .Subscribe<int>(r => this.Resultado.Text = r.ToString());
}

private int Somar(int v1, int v2)
{
    Thread.Sleep(4000);

    return v1 + v2;
}

O único comentário relevante ao método Somar é que ele simula um processamento custoso através do método Sleep. Já no evento Click do botão, invocamos o método ToAsync, informando qual o método que deve ser disparado de forma assíncrona, incluindo logo na sequência, os parâmetros exigido pelo método Somar. Quando chamamos o método Subscribe, ele passa a monitorar qualquer resultado (de sucesso) gerado pelo método Somar, e neste caso, estamos apresentando-o em um terceiro TextBox.

Um detalhe extremamente importante é sobre o método ObserveOnDispatcher. O WPF possui uma classe chamada Dispatcher, que serve como um gerenciador de tarefas para serem executadas, e está sempre associada com uma determinada thread de UI. Isso quer dizer que qualquer notificação enviada pelo método Somar será enviada e executada pela própria thread que criou os controles de UI, já que aplicações Windows (WPF e Windows Forms) possuem essa afinidade. Se não nos atentarmos a este método, uma exceção do tipo InvalidOperationException será disparada, contendo a seguinte mensagem: The calling thread cannot access this object because a different thread owns it.

Já quando utilizamos MVVM, a implentação é um pouco diferente por conta da estrutura imposta pelo padrão. Os botões da View (Xaml) são executados através de um comando que deve implementar a interface ICommand. Neste caso, é muito comum recorrer à criação de um comando chamado de RelayCommand, que permite você injetar a lógica do comando a ser executado através de delegates. Só que é importante dizer que a execução deste comando é realizado de forma síncrona. Precisamos realizar uma pequena implementação para conseguir executar este mesmo comando de forma assíncrona. O método que representa a lógica a ser executada, pode ser executado de forma síncrona ou assíncrona, sem a necessidade de qualquer alteração no mesmo.

Abaixo temos o código que representa o comando que define que a execução de alguma tarefa seja realizada de forma assíncrona. Note que continuamos utilizando o Reactive Extensions, e no método ToAsync definimos o método que é informado no construtor desta mesma classe.

public class AsyncRelayCommand : RelayCommand
{
    public AsyncRelayCommand(Action execute)
        : base(execute) { }

    public AsyncRelayCommand(Action execute, Func<bool> canExecute)
        : base(execute, canExecute) { }

    public override void Execute(object parameter)
    {
        Observable
            .ToAsync(base.execute)()
            .Subscribe();
    }
}

Depois de criado esta classe, podemos fazer o uso da mesma diretamente em nossa ViewModel. Aqui optei por variar o método Somar, pois ao invés de receber os parâmetros e devolver o resultado, estou optando por acessar diretamente as propriedades no interior do método. E aqui cabe comentar um detalhe interessante: note que não usamos o método ObserveOnDispatcher na classe AsyncRelayCommand. Isso se deve ao fato de que o padrão MVVM faz com que a ViewModel seja completamente independente da View, e com isso, não conseguimos acessar seus respectivos controles e, consequentemente, não corremos risco nos depararmos novamente com aquela exceção que vimos acima.

public class CalculoViewModel : INotifyPropertyChanged
{
    public CalculoViewModel()
    {
        this.Calculo = new AsyncRelayCommand(Somar);
    }

    public ICommand Calculo { get; private set; }

    public string Valor1 { get; set;}

    public string Valor2 { get; set; }

    public string Resultado { get; set; }

    private void Somar()
    {
        Thread.Sleep(4000);

        this.Resultado =
            Convert.ToString(int.Parse(this.Valor1) + int.Parse(this.Valor2));
    }
}

Observação: Por questões de espaço eu preferi omitir a implementação necessária para notificar a alteração das propriedades (INotifyPropertyChanged). Isso continua sendo necessário, pois é assim que a View monitora toda e qualquer alteração que é realizada no interior da ViewModel para assim atualizar a UI.

Além das opções que vimos acima, ainda podemos necessitar que tenhamos um consumo periódico de alguma informação. Por exemplo, necessitamos monitorar serviço de cotação de valores, notícias de algum site (RSS), empregos, etc. Com isso, haverá uma tarefa sendo executando a cada X segundos, buscando as informações e, consequentemente, apresentando-as na tela para que o usuário possa visualizá-la.

Abaixo temos a ViewModel criada para atender este cenário. Temos uma propriedade chamada Noticias que retorna uma coleção do tipo ObservableCollection<Noticia>, qual será definida como fonte de dados de um controle ListBox da View (Xaml).

public class NoticiasViewModel
{
    public NoticiasViewModel()
    {
        this.Noticias = new ObservableCollection<Noticia>();
        this.MonitorarNoticias();
    }

    private void MonitorarNoticias()
    {
        Observable
            .Timer(TimeSpan.Zero, TimeSpan.FromSeconds(3))
            .Select(_ => BuscarNoticiasViaWeb())
            .ObserveOnDispatcher()
            .Subscribe(noticias => noticias.ForEach(n => this.Noticias.Add(n)));
    }

    private static List<Noticia> BuscarNoticiasViaWeb()
    {
        // Buscar notícias via Http
    }

    public ObservableCollection<Noticia> Noticias { get; set; }
}

Alguns novos operadores entram em cena aqui. O método Timer retorna uma sequência produzida (pelo método Select) a cada X segundos/minutos/horas. Note que voltamos a necessitar do método ObserveOnDispatcher, mesmo aqui, onde estamos utilizando MVVM. A questão é que quando definimos uma coleção como fonte de dados de algum controle, como é o caso do ListBox, ele envolve essa coleção em uma classe do tipo CollectionView, e esta herda diretamente da classe DispatcherObject, o que determina que ela tenha afinidade com a thread (Dispatcher) em que a mesma foi criada. Sendo assim, a não utilização do método ObserveOnDispatcher, vamos nos deparar com uma exceção do tipo NotSuppertedException, com a seguinte mensagem: This type of CollectionView does not support changes to its SourceCollection from a thread different from the Dispatcher thread.

Eis aqui algumas opções que temos para trabalharmos de forma assíncrona no WPF. Como disse antes, temos algumas mudanças que estão acontecendo nas linguagens que tendem a facilitar ainda mais a criação de código assíncrono, sem depender de qualquer recurso extra. De qualquer forma, essas opções já tornam o código bem mais expressivo e de fácil manutenção.